Vitória legislativa dá uma segunda chance para Milei reformar a economia argentina

Vitória legislativa dá uma segunda chance para Milei reformar a economia argentina
No domingo passado, o presidente argentino Javier Milei protagonizou uma vitória esmagadora em meio ao seu mandato, obtendo o apoio dos eleitores em uma eleição de importância fundamental para sua busca por reformar a Argentina. Com a ajuda de um sinal de alívio dos EUA, Milei conquistou um novo impulso para concluir seu projeto de reforma, que visa quebrar o ciclo de dívidas e crises econômicas que há muito afetam o país.
Um caminho sem volta
Depois de uma vitória desgastante há um mês, quando os eleitores da província de Buenos Aires infligiram um revés devastador a Milei, a eleição de domingo foi um ponto de virada. As expectativas dos investidores indicavam que o alívio proporcionado pela capacidade de Milei de controlar a inflação, que havia caído de seu pico próximo a 300%, havia dado lugar à frustração com a economia em baixa, com salários estagnados e escassez de empregos. Isso, juntamente com uma série de escândalos de corrupção, aumentou os problemas que o país enfrentava.
O peso argentino tem uma segunda chance
Em uma tentativa de reverter a situação, o então líder do partido de Milei foi forçado a desistir da disputa devido a ligações com um traficante de drogas. O peso argentino sofreu uma forte desvalorização, mesmo quando os investidores e famílias acreditavam que uma desvalorização pós-eleitoral era iminente. Além disso, a aprovação de Milei caiu para o nível mais baixo de seu mandato. Mas, diante da escolha entre Milei e os peronistas que presidiram o colapso mais recente do país, os argentinos optaram por manter o atual presidente, com o objetivo de permitir a ele concretizar seu projeto de desmantelar a máquina estagnada do Estado.
O desafio de consolidar o novo governo
Mas agora que Milei ganhou uma segunda chance, enfrenta a tarefa de consolidar seu governo e manter a confiança dos eleitores. Com o objetivo de capitalizar essa vitória, ele precisará provar que consegue forjar alianças políticas fortes e evitar as armadilhas que condenaram líderes reformistas anteriores. Com uma grande votação na Câmara dos Deputados e no Senado, o partido de Milei e seus aliados terão mais de 100 cadeiras no Congresso, muito mais que os 15% que ele tem atualmente, e além do um terço necessário para proteger seus poderes de veto.
Os argentinos escolheram o caminho reformista
Segundo estimativas, o partido de Milei terá 20 das 72 cadeiras do Senado e uma grande maioria na Câmara dos Deputados. O objetivo dele é "fortalecer o caminho reformista que iniciamos para mudar a história da Argentina de uma vez por todas". Os mercados argentinos sofreram uma grande alavancada devido a essa decisão. O peso argentino subiu 10%, os títulos subiram em geral e seu índice de ações ganharam 2. É agora que o presidente argentino precisa se concentrar em sua visão de mudança para as próximas duas décadas.
O desafio da liderança
Com uma segunda chance para mudar o país, Milei terá que navegar por uma série de desafios, principalmente no tocante à formação de alianças políticas fortes. Sem deixar de lado o desafio de evitar as traves que condenaram líderes antes dele, ele precisará provar que é capaz de liderança, para dar ao país a chance de se recuperar. Isso significa que ele precisará equilibrar as necessidades dos eleitores com as necessidades econômicas do país, e que sua capacidade e determinação farão a diferença nessa nova etapa de sua presidência em um governo em transição.

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