Exportações diárias de US$ 1 bilhão mostram poder da China sobre EUA

Exportações diárias de US$ 1 bilhão mostram poder da China sobre EUA

O que a China tem de tão especial que consegue driblar as tarifas dos EUA e seguir crescendo?

A guerra comercial que o presidente Donald Trump deflagrou há seis meses parece não ter afetado a capacidade da China de exportar produtos para os EUA de forma maciça. Todos os dias, cerca de US$ 1 bilhão em mercadorias são transportados do outro lado do Pacífico, em um fluxo incessante de bens de consumo que mantém as casas e empresas americanas abastecidas. É um contraste impressionante com o que aconteceu no último semestre, quando o comércio entre os dois países caiu drasticamente, chegando a quedas de dois dígitos. Mas, paradoxalmente, isso fez que alguns produtos chineses acabaram tendo um aumento em relação ao ano anterior, desafiando as tensões comerciais entre Pequim e Washington.

"A China é um país difícil de substituir"

Embora as exportações no geral estejam em baixa, a China continua a dominar os mercados americanos em alguns setores. Terras raras, produtos eletrônicos e medicamentos são alguns exemplos de bens que são impossíveis de serem substituídos rapidamente. A influência da China nesses ramos da economia é tão grande que as tarifas impostas pelos EUA não parecem ser suficientes para impedi-los. Pelo menos no curto prazo, a China continua a ter o controle das cadeias globais de suprimento e, portanto, da produção de bens essenciais para os EUA. Isso lhes dá poder de negociação sobre as importadoras americanas.

A corrida para substituir a China

Alguns economistas alertam que essa situação não pode durar para sempre. Com o tempo, outras nações podem começar a substituir a China como fornecedores dos EUA. O realinhamento da produção é um processo lento e complexo que exige tempo, recursos e dedicação. Mas, enquanto isso, a China continua a se beneficiar do fluxo constante de importações americanas, ajudando a manter o crescimento econômico no caminho certo para atingir a meta anual.

Um acordo em breve?

Em resposta à situação comercial, o presidente Xi Jinping parece ter encontrado um jeito de manter a China em alto nível de crescimento. No terceiro trimestre passado, mais de US$ 100 bilhões em produtos chineses chegaram aos EUA, reforçando o superávit comercial bilateral, que já alcançou US$ 67 bilhões. A trégua tarifária de 90 dias, que expira em novembro, já começa a se mostrar como uma ameaça real para o presidente Trump, que enfrenta cada vez mais pressão para resolver a questão antes do prazo. Alguns rumores falam de um acordo em breve, mas até o momento, as negociações ainda estão longe de ser resolvidas.

A relação entre os EUA e a China vai além de produtos estratégicos ou essenciais. Embora o comércio e as tarifas sejam temas quentes, a verdade é que a China tem uma influência muito maior do que o simples valor dos produtos exportados. A China é um país difícil de substituir e, enquanto isso, os EUA continuam a dependê-la por bens que são impossíveis de serem produzidos em outros lugares.

Camillo Dantas

Camillo, redator apaixonado, especialista em criar conteúdos envolventes e impactantes para o site. Viaja e estuda incessantemente para produzir textos únicos, inspiradores e precisos.

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